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PRISIONEIRO DA CAVERNA
Resgatar o pouco de vida.
Iluminar-me caverna
que se hiberna
dentro de mim.
Caverna que há em mim;
Como encontrar
saída para me libertar?
Só há escuridão na
solidão do meu penar.
Busco alternativas
de resgatar luz
no meio de todo esse breu.
Só sei que é fato notório.
Não há como fugir:
"nem você e eu."
À luz só há do
que sobrou dessa
acesa ferida - ilumino-me
do que sobrou do amor.
Sim, ela mesma!
Amor; pedra bruta dos poetas.
Amor; porto dos apaixonados.
Mas, como pode ferida
acesa - quiçá ser ,
sentir-se agasalhado
pelo bendito amor ?
Logo ele, Bendito amor
a sequestrar-me a alma ?
Mas, como pode ferida
acesa - resgatar
auto estima - pelo
mesmo amor que
dilacerou, destruiu
só causou dor ?
Dor enclausurar-me
caverna que se hiberna
dentro de mim.
Não há bote salva-vidas,
não há ambulância,
não há sequer farol
ao pedido de socorro.
Sobrevivente ao tsunâmi,
sem armas no Afeganistão,
condicionar-se a sarjeta,
nesse pobre mundo cão.
Brilho perdido pelo desprezo.
Dias de glória a limitar-se,
sombras, migalhas,
desse passado agonizar-se.
Prisioneiro da caverna,
Infeliz condição,
Foragir-me na tornozeleira
eletrônica dessa prisão.
Caminhar errantes passos,
Quisera eu, dos seus abraços,
Passos esses, que por fim,
fogem ao encontro de mim.
Prosseguir a desvairada viagem,
seu desprezo comprou passagem
rumo ao universo psicológico,
centrifugando todas lembranças
outrora felizes que um dia tivemos.
Prisioneiro da caverna,
sem se dar por conta,
acabou sendo o refúgio
subterfúgio de fuga
"coleção de amores
mal resolvidos" de
mais um amor clandestino
que se fez morada fixa
sem ao menos pedir
permissão para se instalar.
Prisioneiro da caverna,
Que talvez fosse comparar
estranha sensação de Exílio,
fazendo com que,
o limite do pensamento
dentro do território
de sua imagem se faça andar.
Mas minha paixão,
debilitada, anêmica, sem forças,
área não pacificada,
tomada pela usurpação
da força miliciana do amor
não se dá por vencida.
Minha paixão,
debilitada, anêmica, sem forças,
precisa de vitamina de vida.
Precisa sair do labirinto de Creta
afugenter seus “minotauros”.
Precisa resgatar
gesto heroico de Teseu,
e seguir no trilho da linha
para achar saída do labirinto.
Mas não há saída,
no cativeiro dessa caverna
em que a caneta esferográfica,
do poeta, mesmo debilitada
anêmica, consegue
(agora sim !)
reunir forças,
escrever enfim,
atitude de liberdade
mesmo sorumbático,
descrente de tudo,
esperançoso de tudo
da caverna fugir da escuridão
mesmo sem tocha, lampião
iluminar-me,
agora sim, das sobras
moldar-se amor completo.
Vaz Lobo, RJ, 1986, aos 17 anos reeditado e partindo da ideia inicial do meu poema: "Um Peito Marcado".
Correção - Barbacena, Mg, 01/07/2016
UM PEITO MARCADO
Jaime Lima
Vaz Lobo, RJ,1986 aos 17 anos
Um Peito Marcado,
Acesa ferida
que me guia
por outras
me dilacera
me consome
me destrói
Um Peito Marcado
Sobrevivente moribundo
Talvez o único,
em meio às tempestades,
revoluções, ou seja lá o que for,
De esquecido, condicionou-se à sarjeta,
De desprezado, perdeu o brilho,
e os dias de glória
e passou a viver
na patética ilusão de se alimentar
nas sombras e migalhas do passado
Um Peito Marcado,
Prisioneiro da infeliz condição
de caminhar a errantes passos,
Passos esses que por fim,
irão dar prosseguimento a louca
e desvairada viagem,
Rumo ao universo psicológico,
da onde se misturam todas as lembranças
Outrora felizes que um dia tivemos.
Um Peito Marcado,
Sem se dar por conta, acabou sendo o refúgio
para mais um amor clandestino que se fez
morada fixa sem ao menos pedir permissão
para se instalar,
Um Peito Marcado,
Que talvez fosse comparar
a uma estranha sensação de Exílio,
Fazendo com que,
O limite do pensamento, só se faça andar
no território de sua imagem
Mas minha paixão, ainda em algemas,
ainda me dá forças
para concluir os últimos versos desse poema.
Email: jaime.lsf @ outlook.com