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MIL LÉGUAS - o livro

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 DESABAFO E (ANTI ?) BIOGRAFIA Ascenção e queda da "Fantasia da Onipotência") e o despertar para a realidade !!!... Trajetória literária e artística de Jaime L.S.Filho & Formatura do Curso de Letras (2000-2003). Jaime Lima de Souza Filho nasceu em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, na Maternidade Luso Brasileira em 10 de maio de 1969, signo de Touro. Seus pais se chamam Jaime Lima de Souza e Maria Dalva Macedo de Souza. É o caçula da família. Tem duas irmãs: Ana Cristina Malafaia Torres, 08 anos mais velha e Verbena Macedo de Souza Coelho, 06 anos mais velha. Morou no Rio de Janeiro: até os 5 anos em Nilópolis; dos 5 aos 6 no Méier; dos 6 aos 20 em Vaz Lobo; dos 20 aos 46 em Araruama e a partir dos 46 anos em Minas Gerais. Jaime começou a escrever aos 5 anos quando morava no Méier, Rio de Janeiro e estudava no Colégio Pingo de Gente que se localizava no referido bairro. Mas foi somente aos 7 anos, já morando em Vaz Lobo, por influência de três vizinhos escritores: Ricardo, Eduardo e Luciana da família França de Gusmão, que aos poucos foi adquirindo o gosto para começar a escrever. Ricardo, tinha 8 anos e Eduardo e Luciana (nasceram no mesmo dia) tinham 7 anos. Mas foi somente Ricardo que desenvolveu essa precocidade e talento para literatura. Jaime morou em Vaz Lobo, RJ dos seus 6 aos 20 anos e embora não fosse necessariamente amigo de Ricardo acompanhou desde cedo, a evolução literária dele da sua infância e adolescência. Jaime nasceu em 10 de maio de 1969 e Ricardo em 11 de maio de 1968. Portanto ambos eram do signo de Touro. Relembrando esse fato, na fase adulta, Jaime não sabe se é tão "antinatural" esse interesse que nasce ainda criança pelo ato de escrever. Pois nem sempre experiências prematuras são necessariamente bem-sucedidas. E Jaime admite que não as soube aproveitar essas experiências indiretas que lhe foram apresentadas devido as condições do meio social do bairro que morava em Vaz Lobo, RJ. Jaime morava em Vaz Lobo (RJ) no segundo andar de um prédio de três andares e esses irmãos escritores, aos quais, foram mencionados anteriormente, Ricardo, Eduardo e Luciana (pertencen- tes a família França de Gusmão) moravam no prédio dos fundos. Aqui começa a suposta trajetória literária de Jaime. Cabe ao leitor, desta (anti?) biografia julgar o mérito ou o demérito se existe alguma "chama" mesmo que escondida de qualidade na produção literária de Jaime. Ricardo, inclusive, foi a maior influência de Jaime. Do lado do prédio de Jaime havia a casa dos avós desses seus três vizinhos escritores. Uma cena que ficou registrada na memória de Jaime foi o ensaio de uma peça épica de Ricardo, escrita magistralmente numa linguagem clássica e poética com diálogos bem construídos ambientados na Grécia antiga, ao qual sua irmã Luciana, iria protagonizar a mocinha. Em uma das cenas a irmã de Ricardo saia esplendorosa por detrás de uma árvore. Luciana foi uma das primeiras paixões de Jaime na sua infância. Mas essa paixão era platônica e não se consumou. A peça infelizmente ficou limitada em um único ensaio e não chegou a ser encenada de fato. Nessa época Jaime contava com 14 anos e Ricardo com 15. Jaime ainda se lembra do original manuscrito da peça de Ricardo com correções do(s) seus (suas) professores(ras) de português. Na época Ricardo estava na 8ª série e estudava no Colégio Rodrigo Otávio Filho e Jaime estudava no Colégio Republicano e estava na 7ª série. Ambos os colégios são do bairro de Vaz Lobo no Rio de Janeiro. Ao longo do tempo, Ricardo foi apenas confirmando seu talento artístico em vários concursos de poesias, crônicas, redações e letras de música. Por esse aspecto Jaime foi alimentando uma certa inveja e admiração e foi construindo durante essa fase que morou em Vaz Lobo uma rivalidade (sadia) em relação a Ricardo, embora ele não soubesse, pois Jaime tomava cuidado de não transparecer essa rivalidade. Uma notícia que Jaime soube de Ricardo foi aos seus 35 anos na oportunidade que acessando a internet da Biblioteca Virtual de Araruama, no Rio de Janeiro (hoje chamada de "Farol do Saber" da Praça do Menino João Hélio, localizada no bairro do Parque Hotel) em 22 de setembro de 2004, quinta, realmente confirmou (o que já sabia por alto): Ricardo(seu antigo vizinho de Vaz Lobo) havia se consagrado como poeta e se formou na Universidade Gama Filho campus Piedade em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Acessando a internet virtual da referida praça, Jaime depois de ter pesquisado no Google, o histórico da biografia literária de Ricardo e notícias diversas sobre o mesmo; anotou seu endereço de email do hotmail e na primeira oportunidade o adicionou na sua lista de contatos. Semanas mais tarde, Jaime pôde ter contato com Ricardo pelo bate papo do MSN (que mudou depois para Windows Live Messenger e atualmente esse aplicativo virtual está extinto). Ricardo disponibilizou para Jaime em outubro de 2004 por email as fotos da fachada do prédio de Vaz Lobo e uma foto antiga e atual dele junto com seus irmãos escritores. Na primeira foto (em preto e branco) Ricardo contava com 9 anos e na segunda colorida com 36 anos. Mas o que surpreendeu Jaime na internet foi saber que uma poesia de Ricardo chamada "O Poema que morreu" (por sua vez detentor de vários prêmios literários) iria se transformar em curta metragem sustentada pelo roteiro do poeta Thiago de Mello. Jaime não confirmou se esse fato se realizou ou não. Esse poema abre o livro de poesias de Ricardo intitulado: "Pedra, poesia, pedregulho". Pois bem, mas voltando no tempo, Jaime queria ser igual a Ricardo ou pelo menos tinha nele uma referência para começar a tomar gosto pela arte de escrever e aos 7 anos em 1976 elaborou sua primeira obra, um conto intitulado "O Espelho Mágico" e a partir daí declinou definitivamente a este estilo de literatura, pondo então mãos a obra. Convém lembrar que o conto “O Espelho Mágico” foi revisado por Jaime em 1984 nos seus 13 anos e faz uma alusão da precariedade e dos descaminhos da educação brasileira. Essa fase descompromissada que Jaime escrevia contos na infância perdurou dos seus 7 aos 10 anos. Fase ingênua, sem domínio nenhum pela técnica de escrever, pois não entendia a função da literatura, apenas sentia a necessidade de escrever e de tentar ser reconhecido por "alguém". Jaime se lembra dessa época no bairro de Vaz Lobo (RJ), ainda criança, do caderno pautado pequeno de contos de Ricardo, Eduardo e Luciana escritos a mão mesmo a caneta e da pasta catálogo de Ricardo com seus contos e poesias batidos à máquina de escrever. Jaime procurou fazer a mesma coisa também, anos mais tarde, por volta dos seus 13 anos. Conforme já dito, Jaime começou a escrever aos 5 anos, mas foi somente aos 7 que despertou ou teve a ilusão que foi despertado para uma consciência literária para escrever com intenção de tentar ser reconhecido por alguém e não simplesmente escrever no sentido de cumprir uma formalidade escolar de uma redação. Começou a escrever um livro de poesias chamado: "Resíduos de uma Saudade" o qual praticamente tomou 3 (três) anos de sua vida (maio de 1983 a janeiro de 1986) período relativo dos seus 13 aos 16 anos) tendo enviado o mesmo a apreciação da Editora Civilização Brasileira S/A, onde apesar de ter sido reprovado, Jaime continua em sua luta de editar o mesmo, expondo-o as críticas dos mais renomados seguimentos da arte, como por exemplo, a secretaria de Eventos do Teatro Municipal, Suzana Pequeno que apreciou bastante sua obra, sobretudo um poema de nome "Mil Léguas" inserido no seu livro. Na época Jaime não tinha computador e bateu uma cópia de seu livro de poesias na máquina de escrever Olivetti. E foi sozinho de ônibus, em 17 de janeiro de 1986, aos 16 anos, na Editora Civilização Brasileira situada na Av. Beira Mar, 262, Castelo, Rio de Janeiro, RJ, perto dos Arcos da Lapa. O processo de avaliação da obra primeiro passou pela análise da Supervisora Cecília, depois passou pelas mãos do poeta Moacir Félix (que nesse ano de 1986 foi condecorado com um prêmio literário) e por último o veredicto ficou por conta de Ênio Silveira (Diretor Presidente da Editora Civilização Brasileira). Esses três integrantes formaram enfim o Conselho Editorial que julgou a obra de Jaime. A supervisora D. Cecília da Editora Civilização Brasileira, disse que a resposta se iria aprovar ou não o livro de poesias de Jaime só iria ser dada pessoalmente através de uma carta. Pois bem, Jaime, voltou lá, dia 23 de janeiro de 1986 e obteve em mãos dessa supervisora a carta que estava redigida assim: Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 1986. Prezado senhor, Lamentamos comunicar-lhe que os originais de seu livro de poemas, reunidos para análise e submetidos a nossa apreciação, não lograram obter decisão favorável do nosso Conselho Editorial. Pareceu a seus integrantes que a obra de V. Sra. é ainda bastante imatura, seja no que se refere a forma (que graves erros de português tornam precária) seja no que diga respeito ao conteúdo que é de um modo geral destituído de qualquer relevância. Devolvemos-lhe, portanto, seus originais e lhe recomendamos mais estudo e trabalho, para que chegue um dia a resultados apreciáveis e eventualmente editáveis. Atenciosamente Editora Civilização Brasileira Ênio Silveira Diretor Presidente Jaime se lembra com carinho da época dos 13 aos 16 anos quando morou em Vaz Lobo, RJ, que ele mesmo fazia a capa dos seus livros. A capa era feita artesanalmente com papel colorido, cartolina e contact. Algumas vezes Jaime fazia de sua imagem uma espécie de caricatura protagonista das capas de seus livros. Desde essa época Jaime sempre sonhou em ser artista; sempre quis aparecer. Em 1986 na época que Jaime cursava o 1ª ano do 2ª grau (atualmente primeiro ano do ensino médio) do Colégio Hélio Alonso, no Méier, RJ, uma poesia sua intitulada "Mil Léguas" foi lida na inauguração do auditório da referida escola, por uma aluna também do ensino secundário de outra turma, para uma plateia de mais de 200 pessoas. Jaime pela primeira vez sentiu uma emoção ao vivo de ouvir a declamação de um poema de sua autoria. Primeira vez que teve oportunidade também de ver a reação das pessoas frente a uma poesia sua. Quando a aluna secundarista, no microfone, acabou de ler "Mil Léguas" as mais de 200 pessoas do auditório ficaram em verdadeiro estado de êxtase. Em seguida, o público depois de recuperado desse "transe hipnótico", levando a crer ter entendido a mensagem do poema, aplaudiram calorosamente. Essa manifestação sincera deixou Jaime profundamente emocionado, embora não quisesse demonstrar. Mais adiante, ainda em1986, a direção do Colégio Hélio Alonso preparou uma surpresa a Jaime, lhe apresentando 50 cópias mimeografadas de 5 poesias suas a saber: Caos, TNT, Mil Léguas, Ilusão e Um Peito Marcado. E assim, com uma mesa instalada no pátio, Jaime nessa época com 16 anos autografou as referidas poesias no momento do intervalo escolar para os alunos curiosos de outras turmas. Na mesma época em que Jaime terminava seu livro (na época contava com 94 poesias) em 1986, participou ainda da "VII Ciranda de Poesias" da Biblioteca Regional de Jacarepaguá situado na cidade do Rio de Janeiro, tendo recebido Menção Honrosa pela 11ª colocação com o poema “TNT" adotando o pseudônimo de Gavião solitário, tendo inclusive recebido Certificado de Participação da Prefeitura do Rio de Janeiro. Ricardo com o pseudônimo de Infinito ficou em 2ª lugar com o poema "Vida de Cão" e em 12ª lugar com o poema "Prece de um boia fria". A VII Ciranda de Poesias foi dividida em categorias: infantil (até os 13 anos); Juvenil (de 14 a 21 anos) e adulto (acima de 21 anos). Jaime que nessa época tinha 17 anos ficou incluído na categoria juvenil. Podia concorrer no máximo com três (03) poesias em cada uma das categorias. Jaime concorreu com duas: "TNT" (que ficou em 11ª lugar) e "Mil Léguas" que a comissão julgadora, apesar de reprová-la fez o seguinte comentário: "Estranho... Original ! Confuso ? Belo final." Do 1ª ao 5ª lugar tinham direito a receber medalha, Certificado da Prefeitura do RJ, ganhava livros e tinham direito de ler a poesia ao vivo ou usar um intérprete. Do 6ª ao 15ª lugar (as chamadas Menções Honrosas) só tinham direito de receber o Certificado de Participação da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro e ganhava livros. Jaime ganhou 02 (dois) livros desse concurso: um romance intitulado "A Alternativa do Diabo", de Frederick Forsyth, da série Supersellers Record e "O Melhor da Antologia Poética" –Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Moraes, João Cabral de Mello Neto e Manuel Bandeira. ” Mais adiante, Jaime teve seu primeiro contato por telefone com o já falecido escritor Carlos Drummond de Andrade. É bom lembrar que o saudoso poeta nasceu em Itabira do Mato Dentro, Minas Gerais, em 31 de outubro de 1902 e veio a falecer em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro aos 84 anos. Drummond era do signo de escorpião. Em novembro de 1985 mandou uma carta ao escritor e em dezembro do mesmo ano, ligou de novo para ver se o mesmo havia recebido a carta, que continha algumas de suas poesias, ele disse que sim, e que gostou muito, mas só que eram muito sentimentais e desprovidas de técnica. Disse que "da mesma forma que um relojoeiro precisa conhecer a técnica do conserto dos relógios o poeta tem que conhecer a técnica da arte de escrever, ou seja, ter o conhecimento das leis da metrificação poética". Jaime perguntou a Drummond: "-Aonde posso conseguir essas leis?" e Drummond respondeu: " - No livro de Murillo Araújo no capítulo referente as leis da metrificação poética". E assim Jaime novamente aos 16 anos foi sozinho de ônibus no Centro do Rio, na Biblioteca Nacional, ler de perto essas normas poéticas. Como se tratava de um livro raro era regulamento da Biblioteca não permitir tirar xerox. Jaime só teve oportunidade de ler o capítulo referente a essas leis. Achou a linguagem muito técnica, mas mesmo assim copiou alguma coisa a lápis; mas logo ficou desmotivado e foi embora. Jaime havia conseguido o endereço e o telefone de Carlos Drummond de Andrade, graças a um colega seu da turma da 6ª série do Colégio Republicano, chamado Rafael em 1983 aos 13 anos. Inclusive Jaime, aos 16 anos, foi sozinho de ônibus para Copacabana tentar um contato com Drummond, que por sua vez, morava na Rua Conselheiro Lafaiete 60 apto 701. Mas é lógico que essa tentativa foi em vão. O tempo foi passando. Jaime aos 23 anos foi destaque numa matéria do jornal "A Voz de Araruama"; suplemento literário da cidade de Araruama, cidade até então em que Jaime morava no estado do Rio de Janeiro. A matéria desse jornal saiu nas bancas em 07 de agosto de 1993 conforme se segue: "Este jovem poeta é mais um exemplo vivo de que o nosso país tem jeito, e com isso, podemos construir um mundo bem melhor. Basta que nossos governantes, empresários e, sobretudo os mais representativos segmentos de nossa sociedade, saiam do marasmo em que se encontram, para perceberem a importância dessas maravilhosas mentes esquecidas, que são os dos nossos pequenos poetas. Jaime tenta agora, editar seu livro, o que está sendo muito difícil, dado o elevado custo de uma publicação. Ele vem por meio de "A Voz de Araruama", fazer um apelo para os órgãos competentes, empresários e/ou pessoas de modo geral, que se interessasse em poder ajudá-lo na feitura do mesmo. É o grande sonho de sua vida, ver seu livro vendido nas livrarias e seu nome reconhecido como escritor e valorizado como tal. ” Nós de "A Voz de Araruama" fizemos nossa parte e, aproveitamos o ensejo, para desejar a este pequeno-grande pensador, BOA SORTE E QUE DEUS O ABENÇÕE ! ". Na semana seguinte da publicação dessa matéria, "A Voz de Araruama", conforme havia prometido, prometido, em 14 de agosto de 1993, publicou o poema "Mil Léguas" de Jaime. Em novembro de 1993, após uma pequena "audiência" com o editor Ricardo Diniz Tavares Guerreiro que possuía uma veterinária no bairro da Pontinha em Araruama, estado do Rio de Janeiro, conseguiu graças a esse precioso intermédio que fosse publicada a pequena biografia literária de Jaime na seção Toques Fast do jornal "O Invasor" - que da mesma forma de "A Voz de Araruama" também era outro suplemento literário que era disponibilizado nas bancas da cidade de Araruama; até então cidade que Jaime morava. O título da matéria era: "S.O.S Poeta" e terminava assim: "O Invasor sempre apoiou essas manifestações culturais, dê uma força pro cara!!!".Nessa época Jaime contava com 24 anos. A partir de 1993, Jaime ficou desiludido e foi se desfazendo de sua obra literária, sobrando apenas 10 poesias, permanecendo enfim as mais célebres: "Soneto dos Apaixonados". "TNT", "O Amor que não tive", "A Tela e a Janela","Caos","Mil Léguas", "Resíduos de uma Saudade", "Últimas Pegadas" e "Um Peito Marcado". Além do envolvimento sentimental com sua primeira produção literária aos 7 anos (revisada aos 10 anos) um conto intitulado "O Espelho Mágico". Convém lembrar que a primeira produção poética de Jaime intitula-se “Soneto dos Apaixonados” e foi elaborada em maio de 1983 nos seus 13 anos. Por se tratar de um poema de teor muito sentimental provido excessivamente de adjetivações supérfluas e que não apresenta grandes inovações técnicas de composição e não criar expectativa para prender a atenção a um pretenso leitor; Jaime resolveu enfim, cortar essa poesia do seu livro em 02 de junho de 2016, quinta nos seus 47 anos. Esse poema dizia assim: “Seguimos no trilho desta vida/ De espinhos e flores/ Choramos de dor pela partida,/ Partida de nossos amores./ São tristes sofrimentos,/ Sois memórias das quais chora/ Pensa nos bons momentos/ Que se renovam na aurora./ Romantismo que permanece/ É tão bonito quando cresce/ Junção de dois em um só./ Seu corpo sereno me encanta/ Não existe beleza tanta/ É sentimento do amor maior.” Em 2000, aos 29 anos, Jaime ingressou no Curso de Letras, habilitação em Português-Literatura, da Ferlagos - Fundação Educacional da Região dos Lagos, situado na cidade de Cabo Frio, estado do Rio de Janeiro. Em 2003, obteve sua graduação de licenciatura plena no referido curso. Essa fase acadêmica foi sem dúvida um divisor de águas em sua vida educacional e também na sua essência como ser humano. Houve alguns fatos marcantes dessa fase universitária. Uma foi em 2002, nos seus 32 anos, no 3ª ano na disciplina de Arte-Educação ministrada pelo professor Marcelo Sampaio. Jaime sozinho arquitetou toda a encenação do conto "A Cartomante" de Machado de Assis, adaptando-a para a montagem teatral popular (itinerante). E assim o fez, desde a concepção da estória até a direção dos atores. Do figurino (Jaime interpretou o personagem chamado Vilela - o marido traído - utilizando um sobretudo preto. Era sua intenção caracterizar Vilela como um vilão "refinado" e misterioso) e do cenário (conseguiu cartas de Tarô; pediu emprestado a cadeira giratória da diretora Alice etc). Com isso realizou um sonho de adolescente e foi uma resposta a peça que não se concretizou da época que tinha 14 anos e morava no bairro de Vaz Lobo na cidade do Rio de Janeiro da peça épica de Ricardo ambientada na Grécia Antiga do único ensaio que teve junto com Luciana (sua irmã) na casa de seus avós. Outro episódio foi em 2003, no 4ª ano com a implementação do Jornal do Diretório Acadêmico intitulado "Littera". Quem era o organizador desse jornal era seu professor da História da Língua Portuguesa Eraldo Ravasco Moreira Maia. Jaime aos 33 anos, em março de 2003, entregou em mãos uma cópia de "Resíduos de uma Saudade" para apreciação do referido professor. O primeiro número do Jornal Littera saiu em março de 2003. O segundo número do referido jornal saiu em 10 de novembro de 2003, numa segunda feira, na oportunidade da II Semana de Estudos Linguísticos e Literários da FERLAGOS. Esse evento ocorreu no auditório da referida faculdade. Pela primeira vez saiu uma matéria de Jaime num jornal acadêmico de faculdade. O título da matéria saiu na última página e era intitulada assim: "Transversalidade e educação: pensando em uma educação e não disciplinar". Era uma resenha crítica de uma matéria de Sylvio Gallo. Lembrando por falar no Jornal Littera, Jaime em março de 2003 esboçou um projeto que não aprovado pelo referido jornal acadêmico que dizia assim: Projeto Jovem Escritor Ferlagos Objetivando estimular o gosto pela leitura e o prazer de exteriorizar a alma poética (em verso e prosa) de jovens criativos do Curso de Letras da Ferlagos, proponho a compilação de textos de alunos desta faculdade, num livro de edição de luxo com distribuição gratuita. Esse projeto contaria com o patrocínio desta Fundação Educacional. Essa proposta nasceu da minha dificuldade em concretizar um sonho, um ideal poético e artístico que me acompanha desde a infância, envolvido em profunda frustração, pela falta de oportunidade. Para que essa sofrida sensação de vazio e de insatisfação intima não alcance os que têm o mesmo desejo, os que já passaram ou estão passando pelas mesmas frustrações, proponho o PROJETO JOVEM ESCRITOR FERLAGOS. Essa tentativa de expor o valor artístico, timidamente contido, merece reconhecimento. Essa e minha luta. Jaime L.S.Filho, Março de 2003. Aluno do 4ª ano de Literatura

 

                                                                   Email: jaime.lsf @outlook.com

 

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